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Justiça investiga suspeita de compra de votos nas eleições

Pirajui por Unknown em 2 de novembro de 2012 | 05:26:00

A Justiça Eleitoral de Lins apura suposto esquema de compra de votos envolvendo o prefeito eleito em Sabino, Carlos Eduardo Cruz Bergamaschi (PSB), o Carlos Tetão. Segundo denúncia feita por Pedro de Paula (DEM), o Pedrão, que ficou em segundo lugar, documentos e depoimentos comprovariam as ‘doações’ em troca de ‘apoio’ nas últimas eleições. Oficiais de justiça cumpriram mandado de busca numa casa e apreenderam documentos.

Carlos Tetão foi eleito com 2.023 votos, 122 a mais do que Pedrão, que obteve 1.901 votos. De acordo com o advogado Ruy de Toledo Arruda Neto, que representa o demista, durante toda a campanha eleitoral, o candidato do PSB, seu vice e pelo menos 30 candidatos a vereador da coligação captaram votos junto a eleitores em troca de dinheiro, remédios, cestas básicas, materiais de construção, gasolina e até churrasco. O “esquema” teria sido denunciado por um dos candidatos.

“Eles montaram no dia das eleições um esquema de “boca de urna” em que cada vereador apresentava listas de possíveis boqueiros. Mas na realidade, não era boca de urna coisa nenhuma. Era gente que, por R$ 100,00, ia vender o voto”, diz. As supostas listas, segundo o advogado, com mais de 1.500 pessoas, continham os nomes dos vereadores e eleitores e as seções de votação de cada um deles.

Ainda segundo Arruda Neto, os pagamentos teriam ocorrido após a confirmação da vitória de Carlos Tetão. “Como tinha muita gente para receber, para não acontecer da pessoa ir lá e receber duas vezes ou falar que não recebeu, eles recolhiam o comprovante de votação da pessoa ou assinavam nas costas dele”, conta.

Além das supostas listas, ele alega ter reunido alguns desses comprovantes e gravado depoimentos de testemunhas que confirmariam a compra de votos. Com o material em mãos, o advogado protocolou na Justiça Eleitoral de Lins uma petição solicitando a abertura de Ação de Investigação Judicial Eleitoral e a concessão de mandado de busca e apreensão na residência do presidente do PR em Sabino, Bruno Luiz Ripoli Roza, que é primo do candidato do PSB. Anteontem, oficiais de justiça cumpriram o mandado e apreenderam no local vários documentos que, conforme Arruda Neto, comprovariam o esquema.

O advogado declara que os requeridos ainda não foram notificados para apresentar sua defesa. De acordo com ele, se ao final das investigações a Justiça Eleitoral comprovar que houve a compra de votos, Carlos Tetão poderá ter a candidatura cassada e até ficar inelegível pelo prazo de oito anos. “E um eventual recurso não tem efeito suspensivo, ou seja, ele tem que recorrer fora do cargo”, explica. A reportagem não conseguiu localizar o candidato do PSB e o presidente do PR até o fechamento desta edição.

Fonte: Lilian Grasiela - www.jcnet.om.br

1 comentários:

  1. Eita, e aqui nada. Pirajuí sofredora atá quando você e nós resistiremos.

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