Presidente Alves: Câmara rejeita contas de ex-prefeita

Vereadores de Presidente Alves seguem parecer desfavorável do Tribunal de Contas do Estado que analisou a contabilidade da gestão de 2011

A Câmara de Presidente Alves votou, anteontem à noite, favorável ao parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que reprovou as contas da ex-prefeita Sandra Regina Sclauzer de Andrade (PT) referente ao exercício de 2011. Seis vereadores foram pela rejeição, mas houve o apoio de três que discordaram da manifestação do tribunal.

A ex-prefeita chegou a ocupar a tribuna para fazer a defesa contra a rejeição das contas. Ela alegou que não errou sozinha como gestora, porque entre os vereadores que votariam o parecer havia quem apoiou sua administração durante o mandato.

O resultado da execução orçamentária revelou um déficit de R$ 519 mil - equivalente a 5,23% -, segundo auditoria o TCE. Esse fator teria sido determinante para rejeitar as contas. “Isso indicou falta de apego aos princípios da gestão fiscal planejada e transparente, de modo que fossem prevenidos os riscos e corrigidos os desvios que causaram o desequilíbrio das contas”, escreveu o auditor no parecer. Também a auditoria registrou aumento das dívidas de curto e longo prazo. O déficit financeiro fechou em R$ 1,021 milhão.

O TCE também entendeu que a a falta de regularidade das contas e falta de recolhimento de parcela dos encargos sociais, especialmente o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) motivaram a reprovação das contas. Já no ensino houve aplicação de 29,21% e 16,51% de despesas com Saúde.

O vereador Reginaldo Morais Anastácio, o Massarico (PSD), justificou ao JC que votou contra a rejeição das contas, porque apoiou a administração da ex-prefeita. Junto com ele, também discordaram do TCE os vereadores José Neves (PT) e Vanusa Barbosa Alves Coelho (DEM).

FISCALIZADOR
Pelo menos seis vereadores seguiram o parecer do TCE. O vereador Waldir Luiz Lamberti, o Bady (PTB), afirmou que foi o maior “fiscalizador” da administração da ex-prefeita. Durante o mandato, segundo ele, entrou com 11 representações no TCE e no Ministério Público, dos quais questionou o pagamento de horas extras em cargos em comissão no Executivo e de descumprimento da lei de licitações. “Não poderia aprovar as contas, houve muitas irregularidades na gestão da ex-prefeita”, declarou. A Câmara vai votar na próxima sessão as contas de 2010, também com parecer contrário do TCE.

Fonte: Aurélio Alonso - www.jcnet.com.br