Em meio à plantação castigada pelo calor, Fábio Mucelin retira os pimentões estragados. Eles estão ressecados, queimados pelo sol. Cerca de 1,2 mil caixas já foram perdidas. Em apenas um dia, 300 quilos de pimentão foram jogados fora e acabaram servindo de alimento para as vacas. Ao agricultor, restou o prejuízo.
Este tem sido o verão mais seco dos últimos 22 anos no centro-oeste paulista, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
Em outra estufa, a plantação de 1,6 mil pés de tomates foi devastada pelo calor intenso e pela baixa umidade relativa do ar. Os produtores rurais não conseguiram colher sequer uma caixa, porque as altas temperaturas não permitiram que o fruto se desenvolvesse.
Nas estufas, os termômetros passam dos 50ºC. Além disso, não chove o suficiente há mais de três meses na região.
“O calor faz o abortamento das flores do tomate. Elas não formam os cachos que são necessários e a evaporação da água, devido ao calor, favorece o abortamento dos frutos", explica a agrônoma Maria Paula Ferraz.
Tatiana Mucelin mantém três estufas de pepino em outra propriedade. As altas temperaturas destruíram as flores e deixaram os frutos deformados. "Eu colhia, em média, em uma estufa de pepino de 500 a 600 caixas, mas aqui acho que vou tirar umas 250. A qualidade do produto também cai. Ele sai um produto muito torto, com deficiência por causa do sol e aí cai a produção e o preço", diz.
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